terça-feira, 29 de setembro de 2009

Onde é mesmo Honduras?

Já há alguns dias todos temos acompanhado o desenrolar de um Golpe de Estado aplicado em Honduras, onde uma cria de Hugo Chávez tentava iniciar um processo, que entendidos afirmavam, levaria à centralização de poder nas mãos do Executivo, na figura do presidente Zelaya.

É claro que passamos a nos sentir mais confortáveis depois de recorrer ao Google Earth para ver onde fica Honduras. Quando muito, supunhamos que este país ficava na América. Posso até apostar que alguns chutariam África (é o normal – se você não tem certeza de onde fica um país, há boas chances de acerto ao se chutar o nome de um continente enorme dividido em vários países).

Hoje, de tanto ouvir notícias sobre o lugar, e, é claro, ver os mapinhas insistentemente mostrados nos telejornais quando tocam no assunto, sabemos que fica na América Central.

É. Ali mesmo. No meio daquele monte de Estadinhos Independentes, dos quais raramente nos lembramos da existência, e que são, muitas vezes englobados juntos com a América do Sul em um conjunto chamado América Latina.

Mas o fato é que o governo que assumiu o poder após colocar Zelaya, de pijamas, no avião fazendo-o de presidente-pacote, sofreu pressão da comunidade internacional desde o início, mesmo que estivesse tentando evitar que o país sofresse as agruras de uma Venezuela ou de uma Argentina – cujos presidentes democraticamente eleitos ou arrumaram um jeito de perpetuar-se no poder ou faliram o país com medidas populistas ou ambos. (A lista poderia ser bem maior, mas os dois maus exemplos bastam).

Aqui, a comunidade internacional viu-se em uma sinuca de bico: tinha de defender Zelaya, mesmo que ele se espelhasse em Hugo Chávez, conhecido humorista internacional afamado por suas medidas hilárias (para quem não é venezuelano, é claro) presidente que qualquer povo de juízo detestaria ter, porque a Direita – que é oposição em Honduras, como no Brasil – em vez de recorrer à dispositivos legais (por medo do resultado, eu suponho), preferiu embrulhar o presidente e despachar por sedex para outro país.

Ou seja, defendia-se o “bolivariano” porque se se apoiasse um Golpe, dentre as conseqüências possíveis estaria o pipocar de outros Golpes em outros países da América menos ajuizada numa sucessão de manobras políticas que poderiam levar à instabilidade Estados já não muito estáveis. Quem não faltou às aulas de História sabe que o risco era real – e que, mesmo hoje, pisam-se em ovos com relação a quais atitudes são as menos erradas – porque chegou-se ao ponto em que para qualquer coisa que se faça, há uma possível ocorrência de eventos desagradáveis.

Mas, verdade verdadeiríssima é que eu sinto saudades da época em que o Brasil podia ser citado como referência mundial em diplomacia: épocas de Osvaldo Aranha, por exemplo, em que o corpo diplomata brasileiro era respeitado a ponto de que o próprio Aranha presidisse a Assembléia da ONU que votou a partilha da Palestina e a formação de Israel. Ou mesmo recentemente, quando Sérgio Vieira de Mello, fatidicamente morto em um atentado a bomba, era figura forte o suficiente para ser cotado para ocupar o mais alto cargo da ONU.

A diplomacia brasileira já fez muito bonito defendendo a postura de neutralidade que é típica do nosso povo, povo este que não confunde o ser-se neutro com a covardia, como outros povos mais bélicos e menos diplomatas teimam em enxergar.

Devido a estes homens o Brasil conquistou respeito internacional sendo visto como referência regional em mediação de conflitos ajudando a arbitrar sobre questões de diversos de nossos vizinhos – mas sempre deixando que eles encontrassem o próprio caminho.

Aí, vem o Lula.

Para nossos diplomatas de carreira a frase acima deve soar como maldição. Eles certamente se persignam escondidinho – que diplomata não anda assim falando aos quatro ventos determinadas coisas (por mais que as pensem).

Na era Lula, além da perda de parte do prestígio internacional longamente batalhado pelo corpo diplomático brasileiro, perdemos ainda uma cadeira na ONU, refinarias de petróleo para a Bolívia, pagamos mais caro pela eletricidade ao Paraguai (que só fornece a água – e nós construímos praticamente toda a usina que produz a tal eletricidade cara) e perigamos várias vezes perder a ascendência regional para o Hugo Chávez.

Perder para o Chávez é brincadeira! É pior que perder para Argentino: é o mesmo que equiparar a diplomacia brasileira a um circo chinfrim de interior – daqueles que o mesmo artista faz todos os números perdendo 5kg por apresentação de tanto correr pra trocar de roupa!

Para completar temos Honduras e seu presidente deposto que se assentou qual rei-abacaxi com chapéu de cowboy, com toda sua corte, em nossa embaixada na capital daquele país.

O presidente interino – golpista – decreta estado de sítio, fecha o país, fecha meios de comunicação de oposição e... Cerca nossa embaixada, proíbe o acesso de brasileiros a ela, corta água, luz e provisões (voltou atrás depois, mas o fez) e ameaça expulsar nossos diplomatas de lá.

Resumindo: está falando grosso – o presidente golpista de um país que temos que consultar o Atlas para saber onde fica dada a sua relevância internacional – e o Brasil?

Continua falando manso, como quando Morales estatizou nossas refinarias.

Ai, que vergonha.

E que saudades da verdadeira Diplomacia – aquela que defendia os interesses brasileiros com firmeza – e não condescendência excessiva com quem depena bens do país. Que era neutra – mas não covarde. Que construiu um nome e respeito para este país – nome e respeitos estes que vimos rebaixados a níveis venezuelanos recentemente.

Ai, que saudades de épocas menos embaraçosas. Espero apenas que ainda haja aqueles, diplomatas de carreira que não rezem pela cartilha falida de esquerda, escondidinhos em algum quartinho do Itamarati, esperando apenas que a era de frutos do mar passe para vir à tona e limpar a caca deixada para trás por esta pseudo-diplomacia que botou um nariz de palhaço na imagem do Brasil no exterior.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

OI, pessoal! Essa semanafiquei devendo o texto porque fiquei de cama com gripe: seja suína, ovina, bovina - o que sei é que fiquei muito mal. Mas, já estou melhorando.

Vim justificar e já estou voltando para a cama!

Aguardem o texto para semana que vem... Beijo!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Bullying e a falta de empatia

Outro dia, em sala de aula, aconteceu um fato que chamou a minha atenção para um assunto muito comentado recentemente: o “bullying”. Para quem não sabe, este é um termo em inglês que, fazendo referência ao "bully" (valentão) e seu comportamento agressivo, designa alunos que, demonstrando o mesmo tipo de atitudes, intimida e agride – verbal ou fisicamente – os seus colegas de escola.

O acontecido foi o seguinte: em uma das minhas turmas há um menino, obeso e bem alto – extremamente simpático e educado, o qual chamarei de Marco – que vivia, ao contrário do esperado, xingando seus colegas, interrompendo as aulas. Várias vezes, chamei-lhe a atenção. Ele sempre se desculpava e calava-se.

Isto sempre me intrigava, já que tal comportamento parecia díspar em relação à sua personalidade – mas ele jamais comentou absolutamente nada.

Lá pela terceira aula em que isto aconteceu, uma pessoa, outro aluno, amigo dele, procurou-me fora da sala, em particular. Disse-me que o tal aluno apenas estourava porque os demais o irritavam a ponto dele explodir, fazendo piadinhas com relação ao seu peso e tudo o mais que eles pudessem mencionar de maneira pejorativa. Disse-me ainda que eles o faziam de propósito, em todas as aulas, e que ele, mesmo tentando, não conseguia conter-se.

Agradeci a este aluno, pela atenção com o colega e pela confiança e pus-me a refletir sobre como poderia solucionar esta questão.

Logo percebi que, a primeira hipótese a surgir ao se pensar na situação é que Marco reagia infantilmente. Que era inocente ao não perceber que seus colegas zombavam dele apenas porque sabiam que ele iria acabar esbravejando e sendo repreendido pelo professor presente em sala.

Mas, o que pensei imediatamente após elaborar esta primeira teoria foi que é muito simples julga-lo “o inocente” e “o despreparado” transformando-o de vítima em culpado. Seria o mesmo que dizer que a mulher violentada carrega qualquer culpa pela violência sofrida por, por exemplo, usar roupas curtas, eximindo, mesmo que parcialmente, o autor da violência de culpa – como se o violentador fosse um animal guiado pelo instinto e não um humano dotado de raciocínio.

Alguns dirão que a comparação é exagerada. Bem, discordo. Obviamente, que as marcas traumáticas causadas por uma violação sexual – sejam elas físicas ou psicológicas - serão duradouras, sendo que das segundas, pode ser que a vítima jamais se recupere.

Entretanto, quando se fala de violência moral, de agressões verbais, também se fala de algo que deixa marcas perenes: especialmente quando os envolvidos estão em plena fase de desenvolvimento, ainda terminando de moldar a forma como encaram a si mesmos e ao mundo.

Isto significa que, para Marco, não existiam marcas físicas a exibir para comprovar a violação, mas as marcas internas causadas por repetidos abusos morais, bem, estas, apenas ele poderia dizer o quanto doíam ou incomodavam – e não cabe a mim ou a qualquer outra pessoa classificá-las de infantilidade ou exagero.

Cheguei a esta conclusão pensando na empatia, sentimento este que sempre procuro enfatizar por tornar as relações sociais mais amenas e mais fáceis. E foi ainda em cima da empatia que embasei toda a minha argumentação para conversar com a sala.

Assim, na aula seguinte, comecei com uma prosa. Iniciei dizendo que sempre me perguntava por que Marco parecia tão impaciente às vezes e, ao mesmo tempo, não se queixava de nada. Disse ainda, que, um aluno da sala, se sentindo condoído pelo colega, havia me procurado e, sem mencionar nomes e nem ser específico, havia me dito das brincadeiras que irritavam tanto o rapaz em questão.

Eles tiveram a reação esperada: começaram dizendo que se tratavam de brincadeiras inocentes, não feitas com o objetivo de ofender ou intimidar. A princípio, concordei com eles: “Puxa, realmente é uma infantilidade se ofender assim, né?...” Dei bastante espaço para eles se pronunciarem, justificando-se. Aí, sapequei a pergunta: “Mas, e se essas “brincadeiras” fossem feitas com seu irmão, sua mãe ou com você? Como você se sentiria no direito de reagir? Ainda assim, as consideraria inofensivas?”

Tudo bem que eu aprendi isto com Samuel e o Rei Davi, no caso das ovelhas (metáfora para uma mulher casada, a qual o soberano havia usado de sua influência para conquistar), lá no velho testamento. Segundo a argumentação ali, conta-se o caso e inverte-se a situação para que a pessoa possa colocar-se no lugar da ofendida, percebendo seu erro.

Como no velho testamento, funcionou perfeitamente. Toda a argumentação em defesa dos “brincalhões”, que na verdade praticavam uma das formas de bullying, caiu por terra e eles comprometeram-se a não repetir as tais brincadeiras.

Marco, a princípio, sentiu-se um pouco intimidado quando comecei a falar, especialmente quando parecia que eu também achava as brincadeiras inofensivas. Entretanto, sua expressão de alívio fez valer a pena toda a conversa e vinte minutos de aula gastos levando a galerinha a raciocinar e a repensar suas atitudes. Ainda, me desculpei com ele por não tê-lo procurado antes para saber se havia algo de errado.

Ele, por sua vez, conversou comigo depois da aula para me agradecer por tê-los feitos ver os acontecimentos na pele dele, em seu lugar.

É claro, que ao final de minha fala, deixei bem claro que não admitiria a repetição de tal comportamento: nem contra Marco ou qualquer outro – e eles entenderam bem o recado, já que, mesmo depois de algumas semanas, não vi este tipo de episódio repetir-se.

Porém, posso dizer, que minha reflexão sobre estes acontecimentos ainda permanece. É interessante perceber como que, se perguntados, todos são contra o bullying em todas as suas formas. Mas, ao mesmo tempo, são incapazes de perceber que algumas de suas práticas estão intrinsecamente ligadas a ele: não é preciso bater em alguém ou tomar seu lanche, ou trancá-lo no armário – como se vê em filmes americanos - para que se seja praticante deste comportamento deplorável.

É o mesmo que dizer que para se ser classificado como racista, precisa-se, frontalmente, agredir a alguém de cor diferente da nossa. Que as piadinhas ou “brincadeirinhas” vexatórias ‘não têm nada a ver’.

Para se ser um “bully” ou um preconceituoso, basta que se use de qualquer forma de violência para agredir ao colega. Não importa se esta é verbal ou física.

Mesmo pensando semanas seguidas sobre este assunto, é interessante perceber como sempre chego à mesma conclusão: tudo seria bem mais simples se todos se utilizassem da empatia - ficaria bem mais fácil julgar o que é ou não ofensivo ao nos colocarmos no lugar do outro.

(Tudo bem! Sei que empatia rima com utopia, mas não custa tentar... Alguém ainda vai me ouvir, como espero que aqueles meus aluninhos tenham me ouvido. Como disse, não custa tentar ).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Heavy Fest 2009 - Impressões e Digressões

Sábado, dia 05/09/2009, aconteceu em Conselheiro Lafaiete-MG, na Confraria, o Heavy Fest, em sua 5ª edição. Este evento é organizado por Anderson Sabazinho que, mesmo não tendo a produção de eventos como sua atividade principal, dedica-se anualmente à produção de, pelo menos, um festival voltado para o público Metal.

Os eventos deste apaixonado pelo metal pretendem sempre abranger várias vertentes do estilo, em especial o Thrash, o Death e o Heavy.

No último Heavy Fest, não foi diferente. Seis bandas foram convidadas para participar do evento: Sflexia (Crossover), Sacrament (Heavy e Thrash), Hammurabi (Death Metal), Excaliburn (Melodic Death Metal), Mercuryio (Heavy Metal) e a minha banda: Achilles (Heavy Metal).

O público Metal, como sempre, raivoso na aparência, pacífico e de fácil manejo no procedimento, como o próprio pessoal da casa de shows pôde ressaltar – era a primeira vez que eles alugavam o espaço para um evento da nossa galera e mostraram-se surpresos com o pessoal que, segundo palavras deles, queria apenas curtir o som das bandas, agitar e beber.

Ou seja, nada de confusão e quebra-quebra, como muitas vezes se vê em outros tipos de eventos, para outros tipos de público. Por isso, o pessoal da Confraria mostrou-se, ainda, inclinado e aberto à produção de novos eventos voltados para o nosso público.

Este comentário, para mim, foi um dos pontos altos da noite. Veio corroborar o que venho afirmando há anos: o preconceito atinge em cheio a galera do Metal que se vê estereotipada, encaixada em uma fama que não lhe faz justiça. E para aqueles que, mesmo tomando conhecimento deste tipo de comentário e que, ainda assim, pensa que isto é um fato isolado, convido a ler a reportagem da Veja sobre o assunto, na qual este veículo absolutamente respeitado, afirma que os headbangers apesar das “caras de maus” são pacíficos.

Quanto a mim, mesmo que vá a um evento com o objetivo de tocar, considero de bom tom assistir aos shows apresentados – afinal, o movimento é feito para nós e merece nossa audiência. Desta forma, assisti a todos os shows, exceto o logo anterior ao da minha banda, o Hammurabi – o qual apenas ouvi do camarim - já que usamos esse tempo para reunir instrumentos e aquecer vozes e dedos e nos preparar para defender com honra a bandeira do Heavy Metal.

Uma surpresa extremamente positiva para mim foi o show do Sflexia. Já havia estado presente a algumas apresentações desta banda lafaietense que faz som Crossover e, desta vez, percebi uma evolução grande dos meninos em relação à qualidade do som que se apresentou pesado, bem trabalhado e com letras fortes e altamente críticas. Posso dizer que curti bastante a apresentação deles.

A galera do Thrash e do Death também mandou muito bem, de uma maneira geral. E, é sempre bom destacar, o pessoal tem se preocupado muito em produzir seu próprio som: quase todas as bandas levaram CDs com músicas próprias, os quais puderam vender para a galera presente.

Infelizmente, quando procurei alguns para comprar, uma parte das bandas já havia ido embora com suas respectivas excursões. Quero crer que havia motivos justos para tanto, já que é de bom tom que se assistam aos outros shows e que, especialmente, não se leve embora parte do público, colaborando assim para que as outras bandas também possam fazer apresentações prestigiadas pela galera, com um público em número representativo.

O excelente foi que, apesar de que a Banda Achilles, da qual sou vocalista, ser a quinta da noite – o que significa que começamos a tocar próximo das duas da manhã - tivemos um público envolvido, presente e que nos deixou extremamente satisfeitos. Durante o festival, apresentamos apenas covers. Escolhemos medalhões – músicas já conhecidas e respeitadas, de bandas que colaboraram com a criação do Heavy Metal como o conhecemos hoje. Maiores esclarecimentos sobre a origem deste estilo de som podem ser encontrados no texto “Denim and Leather: sobre a origem do Metal”, aqui mesmo neste blog.

Desta forma, visitamos o trabalho da tríade fundadora do Metal – Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath – além de também tocarmos Iron Maiden, AC/DC e Helloween.

Para nós foi realmente emocionante ver a reação do público que bateu cabeça com vontade e interagiu conosco o show inteiro. É sempre interessante para mim, em particular, perceber como músicas que têm 30, 40 anos ainda comovem a galera metal. Como já mencionado em texto anterior, o balançar dos cabelos é uma louvação por parte do banger. Assim, sentimo-nos bastante elogiados ao ver pessoas com camisas de bandas de estilos completamente diferentes do nosso – como Slayer, Krisium, Behemoth, Death – agitando, na primeira fila, com nosso som, no qual reproduzimos, respeitosamente, o som das bandas que curtimos. A camisa que levamos para dar de brinde, por exemplo, foi presenteada para um banger, com a camisa do Slayer, que agitou o show inteiro.

Mais uma vez, é claro, ressalto a qualidade dos músicos que tocam na Achilles, os quais admiro profundamente. São eles: Nilson Lima e Ícaro Honori, guitarristas que primam pela excelência, ambos solistas de qualidade; Mário Henrique, baixista que, apesar do relativamente pouco tempo com o instrumento, tem conseguido desenvolver um estilo próprio e, é claro, Sandinho, de quem eu poderia ser considerada suspeita para falar devido ao nosso casamento de mais de década. Porém, posso dizer que relacionamento amoroso não tem nada a ver com música e que, por ser ele quem é e o que representa para mim, isto o torna ainda mais visado para os meus ouvidos que não se decepcionam ao ouvi-lo tocar.

É claro também, que hoje, considero impossível considerar a banda Achilles como sendo composta por apenas nós cinco. Contamos com o apoio impagável da Bárbara Dutra, namorada do Ícaro que, além de curtir nosso som, está sempre conosco, auxiliando e correndo atrás de absolutamente tudo o que se mostrar necessário. Assim, podemos, em nosso pouco tempo - todos trabalhamos em outras áreas: a música é nosso hobby – nos preocupar exclusivamente em tirar música, fazer música porque ela cuida, com muito boa-vontade, de todo o restante.

Assim, com essa galera de qualidade, levamos nosso som para o Heavy Fest V e, posso afirmar, que não nos decepcionamos. O Sabazinho, amigo de anos, nos deu toda a assistência necessária. O Régis colaborou bastante com o som, que foi bem definido – não adianta nada os guitarristas estarem destrinchando solos complexos se ninguém consegue ouvi-los, ou se os instrumentos embolam.

E o público, bem, este nos causou grande emoção ao cantar conosco jogando seus cabelos, batendo cabeça, pedindo bis e gritando nosso nome no final. Foi absolutamente emocionante. Além disto, é sempre bom destacar o espírito de cooperação que impera neste tipo de eventos: quando o Sandinho teve problemas na bateria, contou com o apoio do Crislei, parte do público presente e também integrante da Hammurabi, que, até mesmo se prontificou a emprestar parte do seu equipamento, se necessário.

No mais, um grande beijo a todos e até o próximo evento, porque tocando ou não, certamente estaremos lá, do começo ao fim, prestigiando o Movimento Metal, do qual, orgulhosamente, fazemos parte.

Aqui, uma pequena amostra dos covers que a Banda Achilles apresentou. Hail Metal!!!

"Back in Black"


"Smoke on the Water"


"The Trooper"
 
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